Não é que eu não gosto do Flash. Juro! Até gosto sim! Mas olha só, virou carne de vaca. Tomo como exeplo o próprio site da agência onde trabalho. Não havia nenhuma necessidade de ser em flash. Teria um resultado igualmente “interativo” (entre aspas, porque os sites em flash aos quais me refiro apenas dá a impressão de ser interativo, não tendo nenhum real canal de resposta entre o usuário e a empresa/webmaster) e muito mais leve, rápido e estável com xhtml e um pouquinho de AJAX.

Tá, o Lightbox tbm já virou carne de vaca hoje, mas convenhamos que ele é usado exatamente para o que foi feito: exibir imagens. Já o Flash, cresceu tanto que hoje é usado inclusive para o desenvolvimento de aplicativos standalone via a plataforma Air e tem uma linguagem de programação extremamente complexa e abrangente. Não estou dizendo que deveriamos abandonar o flash, mesmo porque a plataforma hoje está presente em uma elevadíssima taxa da base de usuários do mundo. Mas aqueles sites que tínhamos em 2000 com animações na entrada e coisas voando pra todo lado e botões em formatos estranhos, tenha dó, né? Ao invés de usar o flash no site todo, que é um recurso que depende muito de poder de processamento (não esqueçam que nem todo mundo tem um Core 2 Quad em casa; lembro que o iBook G3 sofria horrores pra mostrar a animação de corrinhos de papai noel caindo no logo do cliente), um ou outro swfzinho e taca xhtml!

O Googlebot, aliás, agradece.

Depois de tanto tempo eu praticamente esqueci como se faz um texto bloguístico.

Se me lembro bem, o meu primeiro blógue era hospedado no kit.net, aquele servidor grátis com um domínio super legal, que todo mundo usou e abusou no começo dos anos 2000. Eu achava os templates dos blogspot e outros pouquíssimo serviços que existiam na época muito toscos e eu acabava editando o meu blógue por HTML e reupando o arquivo, na falta de  um servidor grátis com suporte a php e mysql na época. De lá, o Puuutz (esse meu primeiro blógue) evoluiu bastante. Passou por mais um ou outro servidor bloguístico e chegou até a ter um domínio próprio com um sistema desenvolvido por mim mesmo. Era divertido na época. Eramos praticamente Avant Gards; ninguém tinha blog ainda; Blog Corporativo? que idéia mais ridícula! Tuíter? tá falando grego, meu filho? Blogosfera também era um termo que ainda nem pensava em ser cunhado.

Bom, mas deixando de lado o saudosismo, fato é que hoje é muito mais legal ter um blogue, principalmente se vc participa ativamente de outras redes sociais. Você passa a conhecer bastante gente em quem se espelhar, começa a ter leitores, receber feedback e melhorar sua escrita. Um professor da faculdade sempre dizia: “quer ser redator? começa um blog”.

Mas o mais engraçado é como o mundo passa a ser uma fonte de inspiração. Você está na fila do banco quando uma coisinha te chama a atenção e você já pensa “hmmm, eu podia escrever sobre isso…”.

Aqui no Brasil não faz muito tempo que existem os chamados probloggers, pessoas que praticamente escrevem em seus blogs por profissão. Tanto que houve recentemente uma grande comoção sobre ser bom e ético ou não um blogueiro receber um release ou mesmo uma grana pra escrever sobre um determinado produto ou serviço.

Mas lá fora esse mercado me parece ser um pouco mais organizado já; tanto que muitos blogueiros acabam se tornando escritores ou repórteres freelancers tanto para jornais, sites quanto para outros blogs, que escrevem sobre um assunto específico. Que já são muitos por aqui também. Os blogs se transformaram numa ferramente de democratização da informação que permite que aquele que entenda muito de um assunto fala sobre ele livremente e por vontade própria, dando um maior fôlego à um mercado de informação antes tão concentrado e restrito.

Enquanto isso, continuamos acompanhando nossos blogueiros, sejam profissionais ou não, e ajudando-os, odiando-os, semeando a discórida e principalmente nos divertindo =P

P.S.: Eu disse que já não sabia mais escrever.

Na época que eu efetivamente fazia faculdade, uma boa parte do meu tempo era gasto nos bares. Fato é que minha universidade tem uma miríade de bares à disposição do corpo discente nas redondezas. Com o tempo, passamos a conhecer as outras pessoas que freqüentavam os mesmos lugares, entre eles estudantes de outros anos, outros períodos, outros cursos, ex-alunos e até residentes das redondezas e amigos dos donos, que não tinham nada a ver com a universidade.

Acredito que grande parte já teve essas experiências de bar, principalmente durante a faculdade. Afinal – prepare-se para o clichê – eu nunca fiz amigos bebendo leite. E entre umas e outras cervejas, vodkas, whiskies, cachaças – insira aqui a bebida alcoólica de sua preferência – pagas, não pagas e penduradas, são agradáveis horas gastas naquele ambiente descontraído, falando besteira, bebendo, rindo, xavecando – até a hora que passa alguém falando “ow, a prova já começou!” e você tem que virar o copo e subir correndo.

Deixando as mémoires de faculdade de lado, o Twitter pra mim se tornou praticamente uma mesa de bar virtual. Um monte de gente que, a princípio você não conhece, mas que depois de algumas rodadas, está falando besteira como se fossem amigos de infância.

Todos os estereótipos estão lá. Basta procurar. Há aqueles que twittam sobre games, sobre notícias, há os twitters inveterados que postam o dia inteiro, há aqueles casuais, que de vez em quando aparecem, há as agências de notícias, os blogueiros profissionais, os proffisionais blogueiros… estão todos lá.

A princípio, a idéia de microblogging pode parecer um pouco estúpida e talvez até mal explorada com o  slogan “o que você está fazendo”. 140 caracteres pode parecer muito pouco e você pode pensar “como diabos vou postar alguma coisa com 140 caracteres?”. E no começo é pouco e é difícil. Mas com o tempo se torna muito mais divertido o ato de “microblogar” diversas vezes ao dia, em respostas diretas a outros twitters, no momento em que se acha uma notícia interessante ou um vídeo engraçado no Youtube.

Até as redes sociais começam a entrar na jogada com os “status” personalizados no MySpace, Facebook, Orkut e similares, mas a base de usuários, a diversidade de apps, a facilidade de uso e a rapidez da plataforma ainda deixam o Twitter com uma boa vantagem – ao menos na opinião deste que vos escreve.

À medida que smatphones e redes móveis de alta velocidade começam a ficar mais populares, o uso de tais plataformas sociais se torna ainda mais popular e mais corriqueiro, ao ponto de imaginarmos, assim como com os celulares, “como eu vivia sem isso antes?”

E então, “o que você está fazendo?”