Na época que eu efetivamente fazia faculdade, uma boa parte do meu tempo era gasto nos bares. Fato é que minha universidade tem uma miríade de bares à disposição do corpo discente nas redondezas. Com o tempo, passamos a conhecer as outras pessoas que freqüentavam os mesmos lugares, entre eles estudantes de outros anos, outros períodos, outros cursos, ex-alunos e até residentes das redondezas e amigos dos donos, que não tinham nada a ver com a universidade.

Acredito que grande parte já teve essas experiências de bar, principalmente durante a faculdade. Afinal – prepare-se para o clichê – eu nunca fiz amigos bebendo leite. E entre umas e outras cervejas, vodkas, whiskies, cachaças – insira aqui a bebida alcoólica de sua preferência – pagas, não pagas e penduradas, são agradáveis horas gastas naquele ambiente descontraído, falando besteira, bebendo, rindo, xavecando – até a hora que passa alguém falando “ow, a prova já começou!” e você tem que virar o copo e subir correndo.

Deixando as mémoires de faculdade de lado, o Twitter pra mim se tornou praticamente uma mesa de bar virtual. Um monte de gente que, a princípio você não conhece, mas que depois de algumas rodadas, está falando besteira como se fossem amigos de infância.

Todos os estereótipos estão lá. Basta procurar. Há aqueles que twittam sobre games, sobre notícias, há os twitters inveterados que postam o dia inteiro, há aqueles casuais, que de vez em quando aparecem, há as agências de notícias, os blogueiros profissionais, os proffisionais blogueiros… estão todos lá.

A princípio, a idéia de microblogging pode parecer um pouco estúpida e talvez até mal explorada com o  slogan “o que você está fazendo”. 140 caracteres pode parecer muito pouco e você pode pensar “como diabos vou postar alguma coisa com 140 caracteres?”. E no começo é pouco e é difícil. Mas com o tempo se torna muito mais divertido o ato de “microblogar” diversas vezes ao dia, em respostas diretas a outros twitters, no momento em que se acha uma notícia interessante ou um vídeo engraçado no Youtube.

Até as redes sociais começam a entrar na jogada com os “status” personalizados no MySpace, Facebook, Orkut e similares, mas a base de usuários, a diversidade de apps, a facilidade de uso e a rapidez da plataforma ainda deixam o Twitter com uma boa vantagem – ao menos na opinião deste que vos escreve.

À medida que smatphones e redes móveis de alta velocidade começam a ficar mais populares, o uso de tais plataformas sociais se torna ainda mais popular e mais corriqueiro, ao ponto de imaginarmos, assim como com os celulares, “como eu vivia sem isso antes?”

E então, “o que você está fazendo?”